Plastech Brasil 2013 confirma expectativa de geração de negócios e lançamento de tendências

Desempenho de mercado e perspectiva de inovações em sustentabilidade motivam interesse de retorno em 2015

plastechbrasil_foto_1Os números oficiais serão divulgados nos próximos dias, tão logo se conclua a tabulação de uma extensa pesquisa efetuada pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) com os participantes da Plastech Brasil 2013 – com o objetivo, principalmente, de auferir perspectivas. Contudo, ao final de quatro dias da quarta edição do evento, dois indicativos já se tornaram possíveis de detecção entre alguns dos cerca de 250 expositores: satisfação com os negócios gerados e desejo de voltar em 2015.

É o caso da paulista H3 Polímeros, que fez sucesso com a idéia de reaproveitar meias-calças descartadas para produzir novas resinas. Foi a primeira participação na Plastech Brasil e já há a ideia de se retornar daqui a dois anos.

“Esperamos que nos próximos seis meses as vendas resultantes desta feira superem os R$ 2,5 milhões só em Caxias. Nosso objetivo era apresentar o novo conceito de poliamida 6 e 66 no nosso foco – os setores moveleiro e automobilístico – o que foi atendido”, avalia Eduardo Korkes, da área comercial. Ele calcula em torno de 60 contatos mantidos durante a feira. A H3 Polímeros tem sede em Bom Jesus dos Perdões (SP).

A Cristal Master é um exemplo da rapidez de resultados em tratativas mantidas durante a feira, as quais, pelas dimensões que adquirem, normalmente levariam meses para se concretizar. O consultor de negócios, Evandro Venceslau, encontrou uma série de possibilidades de contatos e enxergou na feira um expressivo caráter regional. A empresa de Joinville (SC), que trabalha com Masterbach, Aditivos, Tingimentos Técnicos e Compostos, executou a primeira venda de um de seus produtos na feira. “Fechamos projetos significativos na linha de bactericidas. Fechamos o primeiro negócio de um antimicrobiano de zinco aqui na feira” aponta.

Empresas locais também comemoram os contatos estabelecidos, mesmo que, para muitas, os negócios só se concretizem no período posterior à feira. O diretor da JR Oliveira, Gelson de Oliveira, afirma que especialmente na quarta (28) e quinta-feira (29), a movimentação foi grande e houve contato com clientes em potencial, especialmente da área automobilística e de eletrodomésticos. A empresa trabalha no ramo de fabricação de moldes e injeção de plásticos.

Mesmo quem tinha ideia de apenas fazer contatos na feira conseguiu faturar. Gerente de vendas da Qualiterme Equipamentos de Refrigeração, de Novo Hamburgo, Neimar Holz conta que foram negociadas quatro máquinas de resfriamento de água. Média de uma para cada dia de feira.

“Feira é para se fazer contatos, mas, mesmo assim, tivemos vendas. A visitação nos dois últimos dias foi muito boa”, avalia Holz.

Público bastante interessado e ansioso para sanar dúvidas – foi a impressão que ficou para os expositores da Polimold. No estande da empresa de São Bernardo do Campo (SP), além de se manter contatos com clientes, foi possível abrir novos relacionamentos. “Nossa primeira participação foi até melhor do que pensávamos”, avalia o representante comercial da Polimold no Rio Grande do Sul, Marcelo Tomazoni.

Até para quem tinha pouca experiência em feiras, a avaliação é positiva. Caso da Microjet, cujos expositores esperam retornar daqui a dois anos. “Saímos muito satisfeitos. Foi uma feira bem focada e até vendemos uma máquina durante o próprio evento”, afirma o expositor Alexandre Dal Colletto.

“A Plastech Brasil é hoje um vetor de negócios e inovação”

Na avaliação do presidente da Plastech Brasil, Orlando Marin, o desempenho da feira organizada pelo Simplás pode ser considerado exitoso desde a origem, quando superou um quadro de cancelamentos no mercado.

“Fizemos um evento bem organizado, com inovações, com tecnologia, um evento limpo. Com o Recicla Plastech Brasil, reaproveitamos o plástico descartado durante a montagem e a própria feira. Chegamos a 40% de novos expositores, do nosso total de 250. Trouxemos mais de 400 marcas. Tivemos dois módulos de rodadas de negócios: um para micro e pequenos empresários, outro com compradores de Estados Unidos, Chile e Colômbia. Aos poucos, as pessoas vão se convencendo de que a Plastech Brasil é uma feira em que não se pode deixar de expor”.

Um depoimento significativo partiu do consultor João Luiz Zuñeda, da emprea MaxiQuim, que estuda e desenvolve projetos para a cadeia plástica, petroquímica e de borracha:

“A Plastech Brasil é um vetor de negócios e tendências cada vez mais importante para o Rio Grande do Sul e o Brasil. Aqui se está falando em reciclagem energética, em competitividade, está se propondo um debate totalmente novo, com olhar de negócios. A Plastech Brasil está levando a público uma discussão que ainda nem está clara no restante do país. Está ultrapassando o mercado”.

Presidente da feira, Orlando Marin apontou possíveis tendências de tecnologias, processos e ideias, cujo surgimento o mundo deve testemunhar muito em breve:

“O plástico, a química e a petroquímica provocarão uma revolução no uso de materiais – os mais diversos. Há coisas fantásticas sendo testadas no mundo, como novos compósitos. Carros feitos quase totalmente de plástico, que chegam a ficar 700 quilos mais leves, o que significa que se tornarão mais econômicos e menos poluentes. Temos blocos de motores sendo desenvolvidos com resinas sintéticas…”.

Em uma última análise, Marin deu pistas da linha de pensamento que deve pautar realizadores, expositores e visitantes da quinta edição da Plastech Brasil, em 2015:

“O que era novidade há 15 ou 20 anos, hoje é comum. Só que não vamos esperar mais 20 anos para criar outra novidade. As fontes de recursos do planeta estão em vias de esgotamento. Temos de nos preocupar muito com isso”.

Sobre a Plastech Brasil:  A Plastech Brasil é uma das principais feiras setoriais do país organizada por um sindicato de classe. Em 2013, a quarta edição do evento bienal realizado pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás) ocupa os Pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul, de 27 a 30 de agosto, das 14h às 21h.

Ao todo, são mais de 400 marcas em exposição e 25 mil visitantes esperados na feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos. Os segmentos expostos na Platech Brasil incluem matérias-primas e produtos básicos, máquinas, equipamentos e acessórios, moldes e ferramentas, instrumentos, controle e automação, transformadores de plástico, serviços e projetos técnicos, publicações técnicas, entidades e instituições.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Plastech Brasil (créditos da foto: Pauline Gazola)

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